Mochilão América do Sul – Dia 57

Dia 57 – 08/06/12 – 6ª-feira (Bahía Blanca)

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Para ouvir:

The Black Keys – Strange Times

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Não bastasse o dia inteiro viajando, de Bariloche a Neuquén, passamos mais oito horas e pouco para chegar a Bahía Blanca. São 6 e meia da manhã, ainda está bem escuro. Tomamos um café de máquina e um lanche em um kiosco (vendinhas que têm de tudo, bem comum na Argentina) adaptado, tipo uma loja de conveniência de posto. Pra passar o tempo, ficamos assistindo Discovery na TV até as 8. O sol começa a nascer, a temperatura cai pra -2ºC. O segredo é não parar de andar pra esquentar.

Chegamos à estação de trem. Chapolas vai embora pra Buenos Aires hoje. Eu fico. A despedida é um até logo, provavelmente nos veremos na capital.

Depois de um bom tempo, estou de volta à estrada sozinho.

Vou caminhando por uma hora até a casa de Ayelen. A mochila pesa nas costas. Toco a campainha uma, duas, três vezes. Ninguém sai, espero que não tenham ido viajar de última hora. O cachorro late sem parar, atiçando os outros e acabando com a paz do quarteirão logo cedo.

A porta abre. A boa notícia é que tem gente em casa. A ruim é que estava dormindo e eu acordei. Nada grave quando se trata da família Estanga.

Engraçado como, há pouco mais de um mês, cheguei um pouco perdido e sem ideia do que iria encontrar. Agora, é como se estivesse voltando pra casa, guardada as devidas proporções, claro!

Papo em dia, almoço tranquilo e aproveito o tempo sozinho pra escrever. Fazia um bom tempo que eu não tinha um momento pra ficar assim, de bobeira, no silêncio, pensando em tudo que rolou até aqui e tentando imaginar o que vem pela frente. Impossível adivinhar.

À tarde, Norberto chega do trabalho e conto toda a história da carona com César (para sair de Ushuaia), um dos motivos por que voltei. (para saber qual é a história, leia sobre o dia 36 aqui).

Como toda outra pessoa que conto a história, Norberto fica espantado com a incrível coincidência. O único porém é que César era amigo do primo de Norberto, que também cresceu em Fortín Mercedes. Normal, já que isso não é um livro ou um filme de romance. Todo o acontecimento continua sendo impressionante pra mim.

~ por rocisman em 16/06/2013.

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